Born to be Wilde

Hoje é véspera dos prémios da Academia, em que o mais certo é haver algumas surpresas e diversão com o repetente Jon Stewart. No entanto, lembrei-me de um outro Óscar. Nasceu irlandês, em 1854, faleceu 46 anos depois. Viveu sem complexos e nas melhores companhias masculinas. Assinou poemas, prosa e peças teatrais. Falo do eterno queer genius Oscar Wilde. Em 1997, é realizado o filme Wilde, sendo o actor principal, Stephen Fry (ele próprio um homossexual, que proferiu uma piada gay histórica, quando questionado sobre o seu coming-out:"I suppose it all began when I came out of the womb. I looked back up at my mother and thought to myself, 'That's the last time I'm coming out of one of those'" LOL). Seria neste filme que o então quase-desconhecido actor Jude Law faria a sua 5ª participação cinematográfica. Seria também neste filme, que Jude Law *sigh* se despiria de (todos os) preconceitos. Deixo algumas fotos, para os que ainda não as viram (!) ou apenas querem recordar a famosa participação deste actor-estrela, em véspera de noite de estrelas:

Termino o post, citando exactamente o final da longa, amargurada e sentimental carta De Profundis (1897), escrita por Wilde a Alfred Douglas (o seu verdadeiro amante, personagem de Jude Law no filme):

"E embora incompleto e imperfeito como sou, talvez possas ainda adquirir algo comigo. Vieste até mim para aprender o prazer da Vida e o prazer da Arte. Talvez eu fosse escolhido para te ensinar qualquer coisa de mais maravilhoso: o significado e a beleza do Sofrimento."

Tão triste quanto poderoso. Mas a altura é de animação! Continuação de bom fim-de-semana e até breve. Não se esqueçam de ver os Óscares (sim, sou fanático, para quem ainda não percebeu=p), que aliás, para celebrarem a 80ª edição, vão comercializar um interessante poster com os 80 filmes vencedores. Abraxos;)